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Produtores

 

O Projeto

O VADIO está situado na aldeia da Poutena na região da BAIRRADA. É um projeto pequeno e familiar fundando em 2005 pelo enólogo Luís Patrão que tem como elemento essencial a recuperação das castas tradicionais e a produção de autênticos vinhos DOC BAIRRADA.

Temos três pequenas vinhas totalmente distintas e um antigo armazém que adaptámos de uma forma muito simples para a produção de vinho.

Os nossos vinhos apresentam um estilo clássico que pretende respeitar a autenticidade da região e o caráter das castas que lhe dão origem.

Bairrada

Localizada no litoral do centro de Portugal, a cerca de 200 km a norte de Lisboa, a Bairrada é caracterizada por um imenso planalto de colinas suaves e numerosos vales. É limitada a norte pelo rio Vouga, a sul pelo rio Mondego, a este pelas serras Caramulo-Bussaco e a oeste pelo oceano Atlântico.

O clima tipicamente atlântico devido à proximidade do mar, aliado aos solos argilo-calcários e castas autóctones contribuíram desde sempre para que os vinhos da Bairrada fossem singulares.

A região tem 7,000 hectares de vinha, sendo que o tamanho médio de uma parcela é de apenas 0,2 hectares.

É conhecida pelos seus tintos de baga com grande potencial de envelhecimento, pela frescura dos seus brancos e caráter dos seus espumantes.

Baga

A Baga é a casta tinta predominante da Bairrada. É uma variedade vigorosa, com cachos de bagos pequenos e de maturação tardia. Em solos argilosos e com boa exposição solar, a Baga consegue amadurecer bem e produzir vinhos de cor delicada, que podem envelhecer em garrafa durante muitos anos.

A Família Vadio

O Vadio é um projeto do casal Luís Patrão e Eduarda Dias. Natural da Bairrada, Luís divide o tempo entre o Vadio e o Alentejo, onde trabalhou durante 13 anos na Herdade do Esporão, e é atualmente diretor de enologia na Herdade de Coelheiros.

Eduarda é brasileira de Pernambuco e neta de um beirão de Lafões, vive há 11 anos em Portugal e comanda o dia-a-dia da pequena empresa familiar.

O pai de Luís, o Sr. Dinis Patrão, está a frente da viticultura. Tendo no passado vendido produtos agrícolas para pequenos produtores, é hoje o maior entusiasta da produção biológica. A vinha é o seu jardim, costuma dizer: “passar um dia e não visitar a vinha, não é um bom dia.”

A família conta também com o apoio do viticultor Hugo Melo, amigo de Luís do liceu, e que trabalha a tempo inteiro no Luís Pato, do Filipe Abreu e da Dona Lurdes Silva, que executam com maestria os trabalhos de vinha e adega.

Vinhas

Em pleno Vale do Forno, temos instaladas 7.5 hectares de quatro pequenas parcelas de vinha com condições geológicas e edáfo-climaticas completamente distintas entre si, mas que permitem explorar todo o potencial enológico desta grande região. Hoje, cerca de 70% nos nossos vinhos são produzidos com nossas próprias uvas, enquanto compramos que os restantes 30% de pequenos produtores locais.

Começamos o nosso projeto em 2005 com apenas 0,5 hectare de uma parcela da família, e temos comprado mais terrenos desde então. Nosso objetivo é tornarmos 100% auto-suficientes durante os próximos 10 anos.

Sustentabilidade

Praticamos uma viticultura assente na sustentabilidade através de um modo de produção biológica, protegendo a biodiversidade da região. Acreditamos que assim podemos conceder uma maior autenticidade e caráter aos nossos vinhos.

Recorremos à mão de obra familiar e ocasionalmente alguns trabalhadores rurais locais, possibilitando um melhor aproveitamento e desenvolvimento dos recursos e capacidades da região.

A Adega

Para a adega aproveitamos um antigo armazém que em tempos serviu como farmácia agrícola para os agricultores da região. Em termos de tecnologia, instalamos apenas o necessário para garantir um controlo eficaz da fermentação.

Os vinhos brancos fermentam e estagiam em depósitos de inox e barricas usadas. Os vinhos tintos fermentam em lagares ou em depósitos de pequena capacidade e terminam com um estágio de pelo menos 12 meses em barrica usada. Os espumantes fermentam e estagiam em barricas usadas e envelhecem em solera.

Os vinhos são feitos de acordo com o método clássico, tendo um período de estágio mínimo de 18 meses em contacto com as leveduras após segunda fermentação.